O caso remonta a 2004. Movahedi esperou pela engenheira eletrónica, Ameneh Bahrami, à saída do local de trabalho, numa companhia de engenharia biomédica e pediu-a em casamento.
A mulher não ficou entusiasmada e recusou o pedido. Enfurecido o homem atirou-lhe com ácido na cara deixando Ameneh cega de um olho e desfigurada para o resto da vida.
Em tribunal a vítima pediu sempre um castigo igual ao crime.
Em 2008 o tribunal criminal de Teerão ordenou a «quisas», ou seja, a retribuição depois do autor do crime Movahedi se ter considerado culpado. Foi condenado a pagar uma indemnização mas a mulher recusou. Insistiu na justiça, olho por olho, dente por dente.
Agora, o tribunal iraniano concedeu-lhe o direito à vingança. Esta será a primeira vez que se aplica a lei. Majid Movahedi foi considerado culpado e será cegado.
A execução da pena está marcada para o próximo sábado, o que já motivou os protestos de alguns governos e de organizações de defesa dos direitos humanos.
O Ministério dos Negócios estrangeiros britânico, por exemplo, já pediu a Teerão a não aplicação da sentença.
Mas a vítima, Bahrami, que publicou recentemente um livro com a sua história na Alemanha, não aceita outra pena e quer fazer justiça pelas próprias mãos.
Em declarações ao jornal espanhol ABC justificou:
«Aquele homem merece passar pelo mesmo sofrimento. Só assim perceberá a minha dor», afirmou.
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